Chego por fim já noite fora cansado e nervoso.
Aquele nervoso miudinho que faz o corpo tremer
desarrumo a roupa do corpo em gestos apressados
faço uma visita ao lugar e miro-me na sombra desfocada.
Largo o que da roupa resta umas tristes cuecas e meias
que quis privar do prazer que me preparava inventar.
Subo de luzes desligadas as escadas para o "altar" imaginado.
Sentia-lhe já o cheiro insinuante no espaço
que subindo... eu encurto excitado.
Pelos degraus deixei lentamente o pensamento escorrer em
breves segundos a imagem que dela gravara desde que a vira.
Sóbria elegante com tons de castanho escuro mesclado gostoso.
Estou no último degrau o cheiro dela embriaga-me de querer
um ténue olhar da lua pinta a divisão de cinzentos variados.
Como sonhara estava serena à minha espera imaculada.
Arredo silenciosamente estorvos desarrumados de ideias
entre mim e a minha obra de cerejeira de fogo a queimar.
Debruço-me sentindo-te o cheiro e deslizo quase parado
para ela... exposta que está descuidada em espera do meu abraço.
Admiro-lhe as elegantes pernas a sua robustez séria o traçado
pensando no quão é perfeita mesmo adormecida na beleza que tem.
Tal como lhe tinha pedido está nua e disponível como previra.
Era a minha estrela da noite fazendo apressar o desejo
de me enlaçar de mansinho entre as suas longas e maravilhosas pernas
abraçando de vez aquele corpo tão ansiosamente aguardado.
Finalmente realizava um sonho de anos perseguido.
Fechei o olhar indiscreto da lua e louco esbocei um beijo
Não se mexeu dormia profundamente sob imaginadas lanternas
Depois num terno e longo abraço entrelacei as minhas em cuidado
nas dela que se me ofereciam abertas confiantes no sentido.
Foram estes... momentos de prazer para mim imenso.
Finalmente era minha toda minha finalmente
era dela meu coração que descontroladamente batia intenso.
Mantive-me ao de leve sobre ela e aos dedos deixei os segredos
como tinha imaginado lá estavam todos eles
todos abri com lentidão e cuidados sem ruído sem medos.
Queria estar eu e ela apenas a prolongar o tempo.
O cansaço foi-se apoderando lentamente dos sentidos
deixei eu a cabeça pelas mãos livres num passatempo.
Adormeci sem ela acordar e sonhei feliz
passámos assim as horas da lua toda
até o sol chegar quando quis.
até o sol chegar quando quis.
Preparo já viagens a dois em folhas de papel
cheias de palavras e no arrumo de viagens
espalhadas na memória que trago na pele.
Hoje nada sei dela
com quem vive
se está viva em qualquer lado.
Estarão nossos momentos de prazer à janela
Venero-a ainda... porque a tive
em momentos que arrumei e tenho guardado.
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