Este Natal foi uma "BOA" rabanada cheia de perípécias e factos pouco comuns.
Saída e viagem apressada e molhada uma cadela doente e um cansaço latente ao encontro de todos que no coração mais apertado cabem.
A chegada e a confusão (minha) com um desconhecido... conhecido (que sem querer deu imenso jeito) colocando em su sítio alguns desarranjos intestinais inúteis.
A surpresa do encontro mais inesperado (hás-de pagá-las) e a constatação de ter uns filhos maravilhosos e solidários.
Uma mesa alegre e bem disposta com dois amigos suspeitos (como um polvo e bacalhau à mistura) que resultou inesperadamente numa inusitada e gostosa ceia de Natal com todos.
A alegria das sobrinhas e Netos e pasme-se um momento cultural sob a forma de poesia, que em breve, se tornou um impecilho à pressa instalada nos novos e graúdos para rasgar os embrulhinhos tão esmeradamente conseguidos... Foi um bom e marcante momento da noite.
A sorte das prendas foi o mais confusa possível, (mais até do que o normal) de tal forma que todos abriram e viram mal, saltaram de mão em mão as enganadas e as esquecidas e as com falta de destinatário numa lotaria que girou vertiginosa pela sala sob o olhar de uma anfitriã calma (como sempre) organizada (como sempre) ainda que quase de partida para dar à prol e ao Ano Novo mais um membro desta vez Manel (que aparentemente se portou lindamente já atento ao que o espera nos próximos anos.
Foi um convívio e uma noite escorreita ponteada de flash´s que irão recordar mais uma fase das nossas vidas em comum.
Todos mais velhos e todos melhores.
Não notamos nós próprios que estamos mais velhos...Reparamos nos outros, mas curiosamente nem isso notei.
Todos estavam de acordo com a visão que a memória me guardava.
Alguns com um menos brilhozinho nos olhos, mas que diabo, isso era do atrativo vapor que da mesa evoluía perdido e da falta de maquilhagem e fusos horários passados.
Doces e coscurões e histórias, dichotes, e comentários bem dispostos saltaram de mão em mão e de boca em boca numa excitação saudavel, tornando-se uma constante da noite intrecortada aqui e ali com disparos de armas diabólicas e olhadelas brilhantes aos novos presentes e às lembranças do passado.
A crise passou de lado, de tão velha, já nem a notamos e as preocupações ficaram arrumadas no disco externo por uma noite.
Foi bonita esta noite de Natal porque foi simples e com poucas gorduras.
O dia de Natal acordou tarde e não fora a doença a rondar os quatro patas da familia tudo estaria perfeito.
As crianças com os seus desejos do Pai Natal mais ou menos satísfeitos, apareceram com uma ressaca sorridente e continuaram a voar pelos sonhos da noite prolongada.
Almoço de Natal na eterna "cantina" mesa requintada a que a D.Fernada e o "simplesmemte" TÓ dão vida de uma maneira só deles, que todos reconhecemos como só deles, foi a continuação perfeita ao que vinha de trás.
Um borrego do outro mundo e até a novidade de um arroz de grão divinal (para quem de grão gosta) tornaram o perfeito mais que perfeito.
Foi uma curta metragem, porque nestas ocasiões, curto é o tempo para estar com quem gostamos de estar.
A saída ou a partida para mais um interregno nestas vidas lá acontece de novo, mas aconchegada com o sentimento de que somos (embora ainda uma pequena) uma familia coesa e amiga.
A esperança de uns futuros "upgrades" (o Manel é o primeiro da nova vaga) serão bem vindos e enriquecedores do futuro...Esperemos por isso.
Voltamo-nos agora para receber um ano mais duro que se agiganta e para a certeza de que os tempos vão continuar para todos a ser excitantes, duros e a exigir muitos trabalhos e olhares atentos.
Se sobram dificuldades, sobram também boas vontades e laços de amizade e amor, mesmo que separados por Continentes da Ásia às Americas quem sabe se às Africas em breve...
A vida não pára e nós viajamos também com quem nos é querido numa viagem infinita de saudades, cuidados e desejos.
Passando a coisas mais comuns (já que a cota de pesca do bacalhau aumentou (do Polvo não sei ) para o novo Natal que se vislumbra, voltaremos a encontrarmos-nos na mesma ou noutras mesas, com um pouco da lembrança deste Natal quase quase perfeito de 2012.
Uma melhoria acentuada da "Lua" (esperemos) e do "Beethoven" para tudo acabar em bem com um "Gin tónico" a servir de anjo da guarda para melhores dias.
Um grande Ano de 2013 para todos e não envelheçam se puderem.
From:
OVARKINSKY 26/12/012