Esperas há muito tempo
um poema meu dedicado
que não consigo alinhavar.
Sei não teres tempo demais
mas já quase o consegui
não o vi ainda que nele porfie
sinto-o inacabado perdido de ar
falho de algo que nele eu confie
temo não vás esperar mais.
O poema da folha da frente
decidido real consistente
molda-se à janela da ilusão.
Tolda-se se fraqueja a lucidez
prometo tentar novamente
não me desmarques agora
há de sair a qualquer hora
diferente e directo ao coração
como daquela primeira vez.