sexta-feira, 26 de abril de 2013

"DO ALTO DA TORRE SEM DÓ" (pos´t revisto)










Faz hoje nove anos que um amigo me telefonou para "aflito" dizer que as torres gémeas estavam a cair e os Estados Unidos a serem atacados.

A minha resposta foi mais ou menos tipo:« não me interessa nada disso pá».
Nessa altura, penso agora, várias "torres" em milhares de vidas pelo mundo fora estavam a ser pelas mais diversas razões atacadas e derrubadas também.

Lembro-me nesta data da "torre" que na minha vida estava então a ruir debaixo e em cima de mim.
Ao contrário de muitos milhares... consegui a esse dia escapar com vida.
Os terroristas como muitos... desse dia continuam à solta .






 

"A ALMA VISTA DE FORA"















Será a seiva imaginada que o corpo preenche e percorre
ao ritmo do coração que nos assusta e faz mover
nos dias que imaginamos sem conseguir ler ou prever.
Este pulsar incessante danado mais parecendo expiação
em constante desatino que na vida se carrega como lavação
da "alma" pintada ao acaso de cor de vinho vermelhão.
Bebemos os dias em malgas de sangue e pedra corroída
que lembram penduradas janelas a secar perdidas
sacudidas por mares agitados de ventos da memória
e que do coração saem como luzes de farol sem história
vergastado que está sem beira nem aberta porta de saída.
Será a "alma" vista de fora brincando em nós às escondidas?
 
 










 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

"1800 SEGUNDOS"





1800 segundos, foi o tempo estimado que enquanto te dava "miminhos" por mim passavam outros tantos tempos em que "miminhos" dava.
Os "miminhos" que damos aos filhos e netos sem o tempo gasto medir e vão seis tempos de "miminhos" que levo no curriculum são uma parte que esquecemos no dia a dia das curvas da vida.
 
Todos tiveram a sua cota parte dos meus "miminhos" que me passam hoje pelas teias do pensamento.
Os colos, as cavalitas, as  brincadeiras, os sorrisos, as guerrinhas, as birras (poucas), as descobertas, as fraldas em duplicado, os percalços, as doencinhas, tudo num ápice passou num sábado soalheiro em dia de futebol de prazer, ele mesmo a lembrar tempos idos.
 
Ainda espero mais segundos de partilha do pouco tempo que ao tempo vou dando. Outros virão para aperfeiçoar a técnica me lembrar e dar novos rewind das vidas da vida que já levo.
1800 segundos seguidos é pouco, mas é suficiente se bem aproveitados em toda a largura do pensamento.
 
Foi isso que aconteceu. Cóceguinhas, sorrisos, esgares de vontades e dichotes de Avô (são sempre os mesmos direi) e um enorme orgulho em tudo o que envolve a circunstância temporal.
Todos estes momentos são preciosos e únicos e foi por eles que passei neste passeio de 1800 segundos de "miminhos".
 
Os netos diferenciam -se  dos filhos porque representam um futuro mais distante... Longe de mais para pensarmos  contemplar.
Por outro lado adivinhamos  neles o traço dos filhos, é um pouco de nós que pensamos se eterniza.
Verdades de sempre, repetidas à exaustão por todos os Avós digo eu.
 
Mas que foi bom foi.
Obrigado Manel, Vasco e Pedro.
Obrigado aos SSSS que me dão a riqueza espiritual que trago permanentemente dentro de mim e a razão de achar que posso existir existindo, à espera de mais tempos de cóceguinhas.