1800 segundos, foi o tempo estimado que enquanto te dava "miminhos" por mim passavam outros tantos tempos em que "miminhos" dava.
Os "miminhos" que damos aos filhos e netos sem o tempo gasto medir e vão seis tempos de "miminhos" que levo no curriculum são uma parte que esquecemos no dia a dia das curvas da vida.
Todos tiveram a sua cota parte dos meus "miminhos" que me passam hoje pelas teias do pensamento.
Os colos, as cavalitas, as brincadeiras, os sorrisos, as guerrinhas, as birras (poucas), as descobertas, as fraldas em duplicado, os percalços, as doencinhas, tudo num ápice passou num sábado soalheiro em dia de futebol de prazer, ele mesmo a lembrar tempos idos.
Ainda espero mais segundos de partilha do pouco tempo que ao tempo vou dando. Outros virão para aperfeiçoar a técnica me lembrar e dar novos rewind das vidas da vida que já levo.
1800 segundos seguidos é pouco, mas é suficiente se bem aproveitados em toda a largura do pensamento.
Foi isso que aconteceu. Cóceguinhas, sorrisos, esgares de vontades e dichotes de Avô (são sempre os mesmos direi) e um enorme orgulho em tudo o que envolve a circunstância temporal.
Todos estes momentos são preciosos e únicos e foi por eles que passei neste passeio de 1800 segundos de "miminhos".
Os netos diferenciam -se dos filhos porque representam um futuro mais distante... Longe de mais para pensarmos contemplar.
Por outro lado adivinhamos neles o traço dos filhos, é um pouco de nós que pensamos se eterniza.
Verdades de sempre, repetidas à exaustão por todos os Avós digo eu.
Mas que foi bom foi.
Obrigado Manel, Vasco e Pedro.
Obrigado aos SSSS que me dão a riqueza espiritual que trago permanentemente dentro de mim e a razão de achar que posso existir existindo, à espera de mais tempos de cóceguinhas.