terça-feira, 16 de julho de 2013

"AMÊNDOA AMARGA"




















Por onde andas tu e o teu olhar
de amêndoa amarga selvagem.
Errática pelo tempo... salta-me a lembrança
de noites entre copos meio vazios.
Por onde andas nevoeiro aos tiros
nos tempos varridos de aragem que dança
envolta de risos de vales e precipícios.

Calculo-te no cimo de uma escada
envolto na neve  que cai descuidada
entre cada dura e irada martelada.
Como se uma sonata surda tocasses
numa pauta de papel memória e viagem
da andança que mudando levou a que mudasses
o que resta da doce amêndoa amarga selvagem.