Por onde andas tu e o teu olhar
de amêndoa amarga selvagem.
Errática pelo tempo... salta-me a lembrança
de noites entre copos meio vazios.
Por onde andas nevoeiro aos tiros
nos tempos varridos de aragem que dança
envolta de risos de vales e precipícios.
Calculo-te no cimo de uma escada
envolto na neve que cai descuidada
entre cada dura e irada martelada.
Como se uma sonata surda tocasses
numa pauta de papel memória e viagem
da andança que mudando levou a que mudasses
o que resta da doce amêndoa amarga selvagem.
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