Maltratado está o leito que nos percorre de lés a lés
esburacado a eito... descuidado... por todos esquecido.
Marcados a ferro e fogo ardem carvalhos sobreiros
pinheiros e vidas arrancadas á esperanças e às graças.
O Povo não arde !... Consome-se em desvario alucinado
pelo lume que lhe carregam em cima noite após dia.
Maltratado o tempo que nos queima da cabeça aos pés
como se nada mais houvesse no tempo esquecido.
Marcadas a fogo saltam faúlhas lavadas em suor de bombeiros
ardendo de fé por ajuda que ponha fim às desgraças.
O Povo corre atrás de chama alimentada pelo vento danado
o fogo é rei costumado... queimando à sorte o leito que nos unia.