sexta-feira, 1 de abril de 2011

"THE FINAL CUT"






De todas as peças, escritos,opiniões,devaneios e sugestões escritas ao longo de mais de um ano neste blog de kácus, eis que se chega agora na minha opinião e de muitos Portugueses (os que ainda cá estão e estou-me a lembrar mais dos jovens) chega dizia, à hora daquilo a que se pode designar de "o corte final" com o passado.


Fomos desde o 25 de Abril mal governados umas vezes mais outras menos mas sempre mal governados e orientados nos designíos enquanto Nação que saía de 50 anos de ditadura.

Portugal na sua história de 900 anos foi como País sempre mal dirigido.

Ora por Reis sem fim, predadores de outros povos mas nunca para benefício dos seus , ora por invasores, ora por Republicas à pressa, ora por ditaduras e finalmente por uma democracia soft que apenas serviu para esconder o que de errado se vinha fazendo ao e no País corroeu-se o que de sério e íngénuo havia num Povo ávido de desenvolvimento e disposto a mudanças estruturadas e estruturantes.


Ao longo dos últimos 30 anos a fome deu em fartura e o Povo (e eu também) foi invadido por uma onda de falso e insustentável progresso que cavalgou o atraso de que há muitos anos padecíamos em relação aos países da Europa.

Todo o potencial de um País foi desbaratado em proveito só de alguns e dos amigos desses mesmos.

Não vale a pena falar das pescas abandonadas nem da agricultura desprezada do ensino facilitado e da corrupção como industria Nacional.

Não vale a pena tal a evidência dos factos.

Eis-nos, chegados a uma Democracia atabalhoada sem regras organizativas sérias sobre o que devem ser os pilares de um País moderno e refiro-me apenas a quatro áreas principais: Educação,Justiça,Economia e Trabalho.


De incompetência em incompetência fomos nos divertindo em Férias, Disneys, telemóveis e futebol.

Fomos todos estudando pouco porque chegava pouco,trabalhando pouco porque bastava e exijindo pouco dos nossos governantes porque tinhamos mais em que pensar.

Portugal neste momento precisa de 2 milhões de euros por hora emprestados para cumprir o que deve cumprir para com os seus cidadãos e sustentar o que não devia sustentar se os seus governantes fossem competentes.

É no meio deste lodaçal que vemos um Presidente muito ativo sem nada fazer e um Governo desativado por irresponsabilidade mas ainda assim livre de quaisquere exigência de responsabilidades pelo estado em que deixou o País.


Como se fosse norma cumprirmos alguma coisa, vamos agora ter de cumprir prazos porque alguêm nos anda (com olho no lucro chorudo) a emprestar 2 milhões de euros por hora.

Dois meses para eleições e dois meses para os Portugueses saberem que se acabaram as loucuras do último Nokia e das idas a Cancum .

Não o será para todos evidentemente mas se não se acabar de vez com a falta de sentido das realidades e mantivermos a mesma passívidade perante a incompetência de quem nos governa a breve trecho seremos varridos de uma Europa que se quer unida, mas que dá sinais de se desmoronar por uma sacudidela mais violenta dos Povos em desespero de causa.


Para Portugal é a última oportunidade de mantendo-se de cócoras arranjar ainda forças para se erguer não de novo mas de vez.

Para várias gerações vindouras o destino já foi por outros traçado e não é risonho mas ainda assim é digno e desafiador.


Está de novo na nossa mão o poder de dar um sinal de mudança e para isso o empenho dos jovens é a melhor garantia de que o "corte final" com o passado não será o "corte final" com o futuro.