As incertezas do dia a dia são cada vez mais e cada vez mais frequentes os momentos de tendência para diminuir a velocidade do pensamento e do raciocínio.
A par de uma situação no País digna de um qualquer filme do pós -guerra, nota-se que palavras como sentido de responsabilidade, ética e acima de tudo procura de valores essenciais, rareiam nas novas gerações e pior ainda nas velhas e pior ainda, naqueles que sem serem obrigados, se colocam aos comandos do destino do País e das suas gerações passadas e futuras.
Tudo se passa como numa qualquer novela e não é difícil prever o episódio seguinte ou futuros, se por acaso um dia estamos sem ligar um qualquer canal.
Tudo previsto, "tudo dejá vu " e só quem não quer ver não vê mesmo.
A Europa caminha para a sua destruição como aglomerado de Países e os Povos caminham para um estado de incerteza e pessimismo cada vez mais notório.
Os Países do Sul da Europa são e sempre foram, os mais visados e desajuizados no que concerne a colocarem ao serviço dos seus habitantes, politicas realísticas e balizadas em critérios de trabalho e responsabilidade.
A fatura aí está.
Está a fatura, mas não estão mais uma vez os procedimentos assentes em ética e responsabilidade.
O recente e a recente discussão sobre o OE 2013 é a prova dos nove para quem atento, consegue ver sem dificuldade que anda meio mundo a enganar outro meio e que no meio fica uma coisita de somenos importância que é o Povo e o futuro colectivo.
A irresponsabilidade alastra-se deste modo a tudo e a todos. Às dificuldades e à mentira juntam-se a descrença e a fuga para a frente a todos os níveis.
Procura-se o facilitismo a qualquer preço, perde-se a noção de valor do trabalho e a seriedade do indivíduo, é mais factor de chacota do que valorização pessoal.
Os velhos não morrem, os novos não avançam e assumir responsabilidades é uma coisa de que nem é bom ouvir falar.
A sociedade Europeia, principalmente a Europa do Sul, chegou ao fim da maravilha a que se tinha proposto.
Acabaram os "IPHODES", I´PAD´S, e as modernices acrescidas.
Acabaram as Pizzas semanais, os jantares e os empregos caídos do céu (ressalva para os imensos afilhados).
Resta a seriedade, o esforço, a persistência e a vontade de lutar e de se fazer valer em todo o lugar que seja Terra.
Há ainda forma de arranjar forças e convicções inabaláveis alicerçadas nos valores éticos do trabalho e na reprodução do esforço de uma maneira continuada?
A vida actual, tal como esta crónica, deve ser vivida sem medos e sem engulhos que coartem a ação e o pensamento.
Pode ter erros de percurso ou ortográficos, mas pretende avançar e descolar da inércia do pensamento e aprofundar o sentido autocritico que devemos manter e refundar.
Reciclar a vida é mais ou tão útil do que reciclar as pilhas dos "IPHODES".
A Europa não está para brincadeiras e distrações, mas está ao que parece, entregue a brincalhões e distraídos o que para os desatentos pode ser fatal.
As relações humanas estão a ser postas à prova e cada vez são mais difíceis de levar a bom porto. Perto o ditado que diz "Que em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão". Está perto diria, o tempo em que nada se adivinha fácil e em que nada se afigura certo.
Do alto de sixty one, years old e revendo o passado, afiguram-se-me mais plausíveis os erros que todos apesar de tudo cometemos, do que a tolerância que é dada aos actuais erros que quase todos teimam em continuar.
Por mim já planto coentros e salsa, por mim já sofro pelos outros.
Por mim desdenho a paragem e o facilitismo actual.