Será a seiva que o corpo preenche e nos percorre
nos dias que imaginamos sem conseguir ler ou prever.
Será este pulsar incessante danado parecendo expiação
em constante desatino que na vida se carrega como lavação
da alma pintada ao acaso de cor do vinho vermelhão.
Bebem-se os dias em malgas cor de sangue e pedra corroída
que lembram janelas penduradas a secar perdidas
envoltas de mares agitados nos ventos da memória
que do coração saem como luzes dum farol sem história
vergastado que está em rocha sem aberta porta de saída.
Será a alma vista de fora brincando em nós às escondidas.
De nada vale então o sabor que a seiva deixa saber
se num vento deslumbrado nos deixamos esquecer
entre as soltas palavras que não queremos lembrar.
Mas e a vida que cresce às arrecuas dela mesma
que move o pensamento e a seiva e a alma e tudo
como se do nada o som do vento se torne num repente mudo.
De nada vale então o sabor que a seiva deixa saber
se num vento deslumbrado nos deixamos esquecer
entre as soltas palavras que não queremos lembrar.
Mas e a vida que cresce às arrecuas dela mesma
que move o pensamento e a seiva e a alma e tudo
como se do nada o som do vento se torne num repente mudo.
Sem comentários:
Enviar um comentário