Chove sem parar sobre as pedras da calçada
que todos os dias percorro ao teu encontro.
Fica mais escura escorregadia teimosa como dizias
quando saía do teu amor despachado feliz e tonto.
quando saía do teu amor despachado feliz e tonto.
caminho para trás de ti agora perdido por te perder
à portas fechadas alinhadas sem fecho para morrer.
Dispo-me da roupa e da pele sob o lençol salpicado de luz
lavando as feridas com a nódoa que me deixaste e te seduz
sabendo que da tempestade sobrámos ambos tristes e nus.
Adormeço a ler um livro sem letras pretas nem tortas linhas
como num sonho que floresce em jardim de ervas daninhas
que reparo não foi mais o que esperava apesar de ideias minhas.
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