Será a seiva imaginada que o corpo preenche e percorre
ao ritmo do coração que nos assusta e faz mover
nos dias que imaginamos sem conseguir ler ou prever.
Este pulsar incessante danado mais parecendo expiação
em constante desatino que na vida se carrega como lavação
da "alma" pintada ao acaso de cor de vinho vermelhão.
Bebemos os dias em malgas de sangue e pedra corroída
que lembram penduradas janelas a secar perdidas
sacudidas por mares agitados de ventos da memória
e que do coração saem como luzes de farol sem história
vergastado que está sem beira nem aberta porta de saída.
Será a "alma" vista de fora brincando em nós às escondidas?
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