Este Natal é um dos natais mais duradouro em dias de tempo parado.
É o Natal dos sorteios... De tudo e de nada.
Neste Natal tudo é sorteado.
As pessoas são sorteadas para o desemprego, para o emprego e para a desgraça até agora desconhecida de outros natais.
Anda o País a ser sorteado diariamente pelos outros, sorteiam-se as medidas que levam ao desespero milhares de Portugueses que sem direito a sorteio se veem perante uma lotaria de resultado incerto.
Sorteiam-se os corruptos e compradores de benefícios, a fome e a partilha sem olhar a meios.
Sai em sorte o Juiz que vai sortear a pena daqueles que pena não têm, acabando assim a justiça por ser um banal assunto de falta de sorte para os que não forem sorteados.
A politica deixou de ser correta, é uma questão de sorte... De sorteio são as medidas que ela gera.
Os sorteados, para o bem são sempre os mesmos, para o mal os mesmos de sempre.
Tornámo-nos todos bolinhas a rodar na roda da sorte e a cair sem nexo ou norte num pote vazio porque... Roubado.
Sorteiam-se em sorteios escondidos valores, negócios e lugares à mesa, greves e manifestações miséria e negações que afetam a vida mais de uns e menos de outros.
Passeiam-se num sorteio aleatório, por isso incompreensível, figuras que mandam outras que querem mandar e as que por omissão mandam pouco ou nada.
Foram todos esses resultado de um sorteio mascarado na roleta que só a cegueira propícia.
De sorteio em sorteio definha o País e as pessoas já definhadas acabam... Sem sorteio que lhes valha.
Neste Natal, fica claro, que estamos no Natal mais triste e mais pobre de sempre.
Está um Povo sorteado pela má sorte a que sorteios sucessivos e incompetentes o levaram.
Tivemos um pouco de azar nos sorteios a que nos habilita- mos é verdade.
De sorteio em sorteio, salve-se o bacalhau sorteado na rede e rode a vida por todos os que sem sorteio amamos e esperamos como a lei espera o papel que lhe dá rosto.
Por falar nisso ....Bem vindo Manel ao sorteio da vida.
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