O teu calor invade-me de costumada simplicidade
deixando-me sem espaço e força para o meu te dar
a conhecer como sonhado gostaria.
Uma constante maresia insólita e maldosa
ocupa mais do que devia os espaço pensados
em lombadas de amargura e rostos cansados.
Desarrumado o amor... há vidas que assim persistem
perdidas em odores descuidados e lágrimas salgadas
reduzindo em cor de sangue memórias já desgastadas.
Condenados a não esquecer... o simples facto de vivermos
na insanidade brutal e assassina que de roda existem
desarmam-se os esforços daqueles que a ser feliz resistem.
Como uma peste reinventada à pressa
grassa o sofrimento solto cego despropositado
sem que o tamanho da dor a gente meça.
O teu calor perde-se no meu e na frivolidade
dos tempos que nos percorrem maltratando
o que semeámos num espaço de procurar felicidade.
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