quarta-feira, 26 de abril de 2017

"INTEMPORAL"
















O poema quando se solta paira como fumo no ar
em forma de arte ao acaso sem direção aparente 
ou validade no prazo de quem dele no peito o sente
no tempo sempre suspenso da descoberta ao acaso
do quem ganhou se perdendo no hora da criação
sem entre os dois haver  pesada contradição.

Saído do ventre da alma do fundo do nosso mar
o poema dá-se a ler desnudado à mercê da emoção
de quem se dele apodera para guardar no coração.


 
 

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