sexta-feira, 7 de abril de 2017

"DESARRUMAÇÃO"












Se no sonho dos dias me desarrumo
fico assim por tempos desarrumado 

por parcelas salteadas que me invadem
sentindo eu delas me sentir desarmado.
 

Solta-se a vida do sentido e do rumo
como tocha ateada em fogo alheio
que ardendo me apanha em cheio
como a poema ardido em papel pardo.


A noite inteira é parceira da desarrumação
desfazendo o sonho que espalhado não arrumo
e me castiga então afastado que estou da paz
deixando que do mais ou menos tanto faz.
 

Se na palavra vislumbro nesga para nascer
arrumo as cinzas então deixando-a crescer
parecendo o desarrumo que o sonho tinha

soma imperfeita que no pensar eu retinha.


 

Sem comentários:

Enviar um comentário