Voam palavras teimosas escondidas nebulosas
descaradas vaidosas perturbadas de ansiosas
sem destino arrumado sossegado sussurrado
sem espaços no pormenor de inverdades embrulhado
não às frases inventadas na pressa do preconceito
faz de conta mas sem conta usadas pra nosso jeito.
Não ao amor desabrido evasivo flutuante
tão perto no momento distante logo num instante
como a ternura fingida que sobra sem esconder nada
nos caminhos desnudados de destino e estrada
percorrida em promessas de mais amor e saudade
em potes de doce amargo com rótulos de felicidade.
Voam palavras carregadas de maldades anunciadas
em folhas de jornal de outras semanas passadas
na crueza da vida que não parecendo cedo nos elimina
como a luz apagada pelo destino nas mãos da sina
que num canto se olvida em momentos de má sorte
entre pedaços de vida incertos como certa só é a morte.
Sem comentários:
Enviar um comentário