domingo, 21 de fevereiro de 2016

"RÉQUIEM"













Deixo cansado
o rosto por teu cabelo desarrumado
e fecho-me.
Apenas sai uma gota
do meu olhar fechado.
Transparente como nada
desce e deixa do nada
a face antes beijada
descansando nos lábios
nossos fechados.

Depois
como se templo visitasse
com passo de namorados
cai solta  desce e dá-se
ao teu seio  reparando
que são dois.

Depois
no caminho deslizando 
cresce de encantamento
ainda gota entre
o deserto morno e quente
do teu ventre.

Depois
mais lenta percorre
seu caminho decidido
rumo a fim conhecido
dela e de mim
adormecido.

Depois
Lágrima desapego suave amor
que me devora.
Que de ti sai e por ti sente
já que a gota num repente
de calor se evapora.








 

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