Se algo vale a pena é o que de nós resta
entranhado de esperança ainda que pequenamesmo sentida vestida de tudo ou nada.
A vida enforma o ser fazendo-lhe nós o poema
que nasce e alastra como fosse antiga chama.
A verdade escondemos sob três baldes de terra
não sendo visível mesmo que desejada viesse
jazendo assim recolhida em corpo que se esquece.
Se algo vale a pena à mentira não se presta
ser é ser-se verdade erguida tal palco sem cena
por não vislumbrar peça que a nós seja dedicada.
A vida enforma o ser fazendo-lhe nós o poema
invadido de sonho que sentimos nos chama.
A verdade procura-se no vale ou no cume de serra
entre pedaço de tempo que nem sempre se conhece
se acordada vive em corpo que da luz amanhece.
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