Vejo-te como lua deitada adormecida
sob um sol quente de inverno
solta de posição sobre um tapete vermelho
enfeitado de pontas gastas nos anos.
Abraça-me o olhar a lua que sem querer parece
que brilha como sol de saída avermelhado
teimando desaparecer por se já fechar o dia.
Vejo-te como a lua assim parecida
quando me abraças o inferno
refletido no embaciado espelho
pendurado e gasto de desiguais enganos.
Fico quedo depois até que o corpo aquece
ardendo no amor a teu lado imaginado
banhado em palavras que estando te diria.
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