terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

"BOLINANDO O PENSAR"














Entre a tempestade trazida
por ventos inesperados
navego agora com terra à vista.
Aguardo por tempos de acalmia distantes
traçando rotas em meus olhares viajantes.
Tempos hão de chegar de forma suave
suavemente descansando-me
neste antigo casco veleiro que
com bom tempo bolinando-me
me solta no mar sob um céu inteiro.
As viagens e a vida são espaços
de rotas e derrotas em constante bolinar
do pensar.  
 
Se o ser é uma noção pressentida
de que antes não fomos lembrados
é também futuro que tardando não dista. 
O rumo e o mar abraçam-se por instantes
às vidas entrelaçadas sempre constantes
para que amor tão maltratado se salve
em gesto incontido chegue abraçando-me
nesta viagem de lembrança que
me acolhe na onda ondular deixando-me
como se carranca fosse de antigo veleiro
seguro em teus desejados braços
e a teu porto conseguir por fim chegar.













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