Se de um traço imagino... sem querer tua imagem
percorre-me em sobressalto enorme confusão
que se escoa doendo como água turva em viagem.
Vestido de carne humana em pedaços sem alma
fica-me o corpo só... desumano e vazio de ternura
sendo não chama ardente e viva... mas pavio de cabelo.
Se o traço negro desastrado... da calma memória
sai ... Sobram luzes ridículas de fonte insegura
não azul... laranja ou cinza... mais cor de gelo.
Cogito ausente acusações pensadas e demais patéticas
privadas de luz e céu... como fantasmas em baú sem história
cobertas por um ilusório mas triste e espesso véu.
Deslizo sobre palavras em osso... esqueléticas
de acusações e desilusões ... famintas de carinho.
O traço mesmo arabesco é no fim... Fim dum caminho.
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