segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"DESCONFUSÕES"

















Se de um traço imagino... sem querer tua imagem
percorre-me em sobressalto enorme confusão
que se escoa doendo como água turva em viagem.

Vestido de carne humana em pedaços sem alma
fica-me o corpo só... desumano e vazio de ternura
sendo não chama ardente e viva... mas pavio de cabelo.

Se o traço negro desastrado... da calma  memória
sai ... Sobram luzes ridículas de fonte insegura
não azul... laranja ou cinza... mais cor de gelo.

Cogito ausente acusações pensadas e demais patéticas
privadas de luz e céu... como fantasmas em baú sem história
cobertas por um ilusório mas triste e espesso véu.

Deslizo sobre palavras em osso... esqueléticas
de acusações e desilusões ... famintas de carinho.
O traço mesmo arabesco é no fim... Fim dum caminho.















 

Sem comentários:

Enviar um comentário