Para o meu coração bater
basta o teu peito e o teu sorriso.
A memória do vale em tua coxa
o pingar de gota no meu beiral.
O roçar de leve da minha barba
na almofada partilhada alva e roxa.
O olhar caído no ritmo calmo do rio
no dia a dia de continuado caudal.
Para o meu coração não ficar frio
basta ter no meu peito o teu olhar
A sensação de sonhar acordado
de minha boca a teus lábios chegar.
Um brando lume mantido aceso diário
um xá de água morna limonado.
O teu abraço terno sincero e solidário
num gesto contido que tornas sempre banal.
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