Chegas de mansinho... abanada de olhos vivos e submissos...
olhas-me de frente sem desarmar o olhar.
Ali ficas expectante atenta para selar teus compromissos...
que não te exijo conscientemente pensar.
Lentamente aproximas-te da minha ausência
deixando descuidada a mão no meu regaço...
como se fosses feita de dedicada paciência...
na espera renovada pelo meu ansiado abraço.
Assim como vens... vais... mais ou menos frustrada
de volta ao teu lugar destinado.
O teu esforço em busca de carinho... deu em nada
ficas deitada triste e desolada... e eu deixo-me sentado.
A tua vontade diária... parece mais minha do que tua...
mas só parece não é. Investes todas as noites em mim.
Não tens fases. És sempre cheia e pontual como a lua.
Até que por fim eu digo sorrindo deitado que sim.
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