Se de pé pouso em ti o olhar... estás cheio
ocupas o espaço nada me sobra para ver.
A luz reflete-te a cor na parede a meio
trémula desliza como que a desaparecer.
Se sentado pouso em ti o olhar... estás meio
deixas antever o fundo do meu olhar.
Fica o espaço de acordo com o recheio
uma porta aberta para por fim em ti entrar.
Se deitado pouso em ti o olhar... estás vazio
o brilho que antes tinhas feneceu.
Mostras o teu fundo mais negro e frio
no chão desolado vazio...alguém te bebeu.
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