Se dizes não, fico arrulhado e solto
como neve do cimo desprendida.
Se dizes sim, fico perdido no ar
tal nuvem tocada a vento desabrida.
É nesta teia de sentidos apertada
que sentimos a vida de saída.
A conta certa, sai às vezes errada.
Passa a ideia prosseguida de fugida.
A quem puxa para si um desejo
fica um botão de primavera.
Solta-se à vida num beijo
e volta-se nela a estar... como era.
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