Escoa-se o tempo pela alma atrapalhado
que não vivo pacificamente assim
se mais penso nos outros que em mim
deixando-me o pensar de modo estranho
com pesada sensação de viver desarrumado
não encontrando desculpa para pensar deste tamanho.
não encontrando desculpa para pensar deste tamanho.
Gosto então de fechar os olhos como viagem
na sombra da memória mais ou menos desmaiada
que me diz às vezes tudo às vezes não me diz nada
na sombra da memória mais ou menos desmaiada
que me diz às vezes tudo às vezes não me diz nada
onde às vezes sou imaginário centro outras margem.
Torno-me um desfocado lúcido por rostos que amei
por rostos que amo e sombras tenebrosas que deixei
dizendo que sou fácil de amar sou mais fácil de desamar
é uma forma de castigo de um qualquer código paranormal
que me impede então deixar de ver o que vejo perfeitamente
explico-me bem tarde de mais penso mal em tempo real.
Faço um esforço para rever tudo em concreto
se vislumbro o que não quero apago e desligo
faz bem desligar o pensar se está emaranhado
o escuro torna-se mais claro na areia do deserto
que dentro dos olhos que trago a par comigo
e se cansam pela alma se no sonhar fico fechado.
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