terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

"BRISAS"
















Percorro-te com o olhar
como num voar errático de gaivota 
mar adentro de ti.

Saído das algas que sobram das profundezas 
solto amarras e sulco qual veleiro
de velas de sal verdades e incertezas.

O nevoeiro cerrado desce da aurora 
e pousa espelhando o teu luar
num horizonte de azuis e verdes desmaiados
do mar que percorri.
 
Voa entre os mastros o albatroz 
suspenso do ar que oiço em mil fados 
de letras azuis e verdes trinados
que me afagam o rosto e o teu
como se de tanta água restasse-mos
apenas nós.
 

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