Navego por sentimentos mais ou menos desencontrados
deixando o sono ficar tolhido nas páginas de qualquer livro
bolino entre as páginas o enredo e os dias tão parecidos
traçados pelo autor talvez também em noites de solidão.
Passam as horas e as folhas e o sono de que me privo
a noite torna-se pesada como pesado se torna o corpo.
A luz já desligada esfuma-se lenta como o pensamento
e torno o sonho mais real como o livro que estive a viver
procuro então nesses momentos olhar dentro dos olhos
e ler as imagens distorcidas de memória na tela da retina
algumas bem reais num momento como determinada sina
quando assim é, está para durar a rebeldia do sono.
São as horas sozinhas que parecem não ter dono
que se não notam se acordado até a noite chegar
as voltas sucedem ao corpo como antes às folhas do livro
pesam os braços por arrumar nos abraços da almofada.
O amanhecer tarda a encontrar o som da madrugada
que quero nascer de novo dia, esquecido do tempo perdido
A olhar !
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