Ao luar reparo no teu olhar.
brilhante como está a lua
caminho por poças de água
nesta sem fim vida de tanta rua
salpicada de chuva sempre irregular
que não sei sequer se chega a molhar.
As portas permanecem fechadas
tecendo um vazio de rendas e
janelas que choram desalinhadas
por desejos que me assolam
se "desluarado" deles permaneço
em luares de memória que repasso.
Ao luar volta-se o andar como se o
presente fosse agitado horizonte de
mar e rumos ponteado de velas
sôfregas de vento que partiu
deixando que perdido no teu luar
me perca no fundo do teu olhar.
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