Descanso em teu peito a cabeça
meu regaço que de emoção mereça
de modo a que escrita me salte da mão
esturgindo amor em fugazes devaneios
marés vivas pelas dunas em teus seios.
Não paro que amar é tão tamanha obra
qual passadeiras escritas a branco e rua
logo que assim a letra me sai lesta e nua
tão viva que nem tempo de a olhar me sobra.
Solto palavras e janelas ao vento em verso
que não pressentindo não esperavas
tão pouco eu no pouco tempo as meço
se nas linhas de papel as torno escravas.
E se tudo assim foi o que tão desejavas
nesse simples arzinho quente de gente
brotam de mim por fim soltas palavras
por luares que a gente não vendo sente.
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