quarta-feira, 6 de abril de 2016

"A ESPERA"













Carregam-se se no dorso as cangas
que de vidas escolhem as mais desgraçadas
fazendo-nos alternar alegrias e zangas
por espaços de tempo cheios de nadas.
São tardes e noites sem a porta se abrir
esperas que se bebem em taças vazias
sonhos que se perdem num mar de almofadas
nadando num rio sem horas nem dias

Vão-se criando ideias tornadas feridas
no erro e desvario que segue profundo
pla vista toldada que já não vê melhor
nas águas paradas como se parado mundo
que torna a mentira um modo de vida pior
dando ao tempo espaço de caso perdido
em derrotadas lutas à muito esquecidas
num simples adeus que antes era querido. 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário