Deitado de lado na areia fresca e triste
por repetidas horas vazantes
o luar reflete-se longe de nós
deixando-nos sem saber tristes e sós.
Não fossem as gaivotas constantes
o silêncio seria nosso modo de vida
do nascer ao pôr do sol em viagem só de ida
num deserto inesperado fruto de mar que não veio.
O areal sempre e eu em desigual sintonia
somos um em dois feitos de grãos
e pó como será assim um dia.
Ele marcado por pegadas alheias
eu perdido em rumos de falhadas ideias
conflituados de dor juntamos as mãos
que no vazio não há momentos de amor
breve o desassossego logo que chegue o mar cheio.
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