Debaixo de tudo escorre a vida atrapalhada
como o tudo fosse nada em terra mal semeada.
Correm os dias soltam-se as folhas de outono
levadas pelo vento sem rumo e sem dono.
Parcelas se somam aos dias como contas
prematuras antes de sentidas prontas.
Lasca-se o tempo de remendos a eito
embalados de sonhos em sono estreito.
Corre a angústia dos dias passando na gente
teimosos de passado que a verdade desmente.
Os pingos de chuva caem vestidos de neve
fazendo a espera exaltante e o tempo mais leve.
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