Não lembro o último beijo
na neblina da memória
mas lembro o primeiro
carregado de desejo
no inicio da nossa história.
Outras coisas mais eu lembro
se me puser a pensar
nas horas tardias
vadias
nos dias sempre a esperar
esperando o tempo passar.
É !
A memória tem destas coisas
como se de um funil se tratasse
que estreito dentro de nós
despeja momentos salteados
de tristezas e "glórias".
Pureza estranha esta nos consome
quando tudo está perdido
quando nada faz sentido
causando um vazio enorme.
E num espaço entre marés
ficamos plasmados sentidos sem ver
na areia as marcas deixada p´los pés
que o amor de então nos fez percorrer.
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