Chovem sinais de dificuldades que a quase todos
toca pela rua inteira.
O frio acostumado, torna as bolas coloridas mais baças que brilhantes.
As pessoas passam apressadas de olhar mais caído do que antes
de sorriso um ano mais cansado de tamanha açoiteira
que soa a desfasada e perdida no tempo.
As montras da esperança são sonhos dos conscientes
de crianças cansadas de ouvir que não pode ser.
São quadros pintados para apenas ver.
Morrem crianças de nada e morrem crianças de ânsias dormentes
o "Pai Natal" foi roubado dirão.
O "Pai Natal" não existe mais ... Ouvem aos Pais.
O espírito do Natal... Esse está sempre presente
mascarando de ternura rostos amargurados
que olham sem ver nem poder fazer os gestos normais
de todos os Natais.
Para muitos... a consoada vai ser mais desconsolada
sem se poder saber se podia... Não ser assim...
Esgotado... O rio da vida escorre perdendo-se do leito
sem rumo... Perdido ferido de morte... Afastado da sorte.
As folhas caídas pisadas do desejo insatisfeito que existe
tornam o percurso atoalhado de uma tristeza que se quer
esquecida. Sabemos que o amor de sempre persiste...
Mesmo escondido, mesmo perdido, mesmo desfeito.
Haverá em muitos... Saudade de sabores e bacalhau...Que vai nu!
Se calhar faltam as bonecas e a perna do peru.
Se calhar um brinquedo é mais um segredo... Que não chega.
É tempo de recordações... Amores e desejos mais contidos
assim tudo fica mais parecido com tempos idos...
É de todos os anos... Não faz mal Mãe... É Natal.
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