O estreito de Ormuz "peça" vital para a passagem dos petroleiros com destinos vários e que vale cerca de 35% do fluxo do crude usado mundialmente nomeadamente para o abastecimento da China e da Rússia entre outros, pode vir a tornar-se mais um rastilho de pólvora para todo o Médio Oriente.
Rodeado e vigiado pelo Irão a Norte e os Emiratos a Sul ou seja pelos EUA, este pedaço de mar tem sido palco de vários acidentes graves entre Americanos e Iranianos.
O mais grave foi o derrube de um boeing Iraniano com 269 pessoas a bordo depois de atingido por engano por mísseis Americanos durante a guerra do Iraque.
Outras escaramuças houve devido a provocações quase sempre vindas do Irão, pelo que a presença de navios de guerra dos EUA e da Inglaterra a par de outras nações é uma constante na região.
Devido aos sinais evidentes de que o Irão pretende a fabricação e posse de armamento nuclear a situação actual é de uma enorme pressão.
Não me parece que desta vez o Irão desista já que tão perto está do objectivo e não me parece também que Israel desista desta vez de arrumar a questão por mais uns anos.
Israel aliado sem quaisquer tipo de reticências dos EUA e cioso dos seus interesses como Nação, decerto que sozinho ou não sem "autorização" ou não dará se preciso fôr o primeiro passo no despoletar de um conflito com o Irão de modo a eliminar a ameaça que sobre ele Estado de Israel paira.
Começa a ser por demais estreito o caminho a percorrer e estreitas as vias para se chegar a um acordo estável e duradouro.
Diria que neste momento tal é impossível a não ser que algum dos intervenientes queira de novo fazer papel de cego e surdo perante os factos conhecidos.
Mesmo que não houvesse "estreito" com a sua importância estratégica como é o caso, haverá sempre o perigo que ninguém neste momento está disposto a correr de deixar mais um país de lunáticos (não são os únicos é verdade) na posse de armas de nucleares.
Comparado com o que o Irão está a fazer o passado recente Iraquiano é como que se não existisse é como se ao Sadam por apenas dois litros de petróleo lhe tivessem destruído o poder, tal a disparidade entre as duas situações.
É consensual que houve um excesso de zelo no caso do Iraque mesmo levando em conta o regime tirânico que "governava" o Povo Iraquiano
No caso Iraniano o cerne da questão é o mesmo no que diz respeito à politica interna mas agravado por anos de arrogância que se deixaram passar de negociações que se deixaram arrastar,o que leva agora à quase certeza da capacidade efectiva de poderem fabricar armas de destruição maciça que usarão sem qualquer tipo de hesitação mal o possam (se deixarem) fazer.
Os dados são pois claros e os resultados pouco menos são que certos. A 20% de fabricação de urânio enriquecido já estão o resto é rápido.
Algo de grave vai acontecer e não se prevê que a Rússia ou a China estejam interessadas em dar o corpo ao manifesto por muito que lhes custe ter de abdicar de algum petróleo vindo do Irão ou dos interesses estratégicos que estão prestes a perder com a crise Síria.
Estando os oleodutos existentes a serem restaurados rapidamente para substituírem a perda de fluxo que vigora será uma questão de oportunidade o fazer valer a força.
Por outro lado vislumbra-se pelos países em redor a oferta de mão de obra barata para dar o peito às balas se tal lhes for pedido.
A procura das liberdades e mudanças no estilo de governação nos países da região está ao rubro e movimenta milhares de seres humanos na busca de um futuro melhor.
Temo por isso que mais uma vez tenhamos (depois de tudo que de mau pela Europa acontece) de sofrer nesta esfrangalhada e corrupta Europa as consequências das acções que por omissão os Países Europeus (com excepção da meia Europeia Inglaterra), mais gostam de fazer que é, o nada fazer.
Duma França cobarde e atabalhoada como sempre foi nada há a esperar, do resto talvez com excepção da Espanha pouco sobra em vontade e firmeza de decisões.
Iremos de futuro pagar a crise e os custos e o petróleo ao preço que for preciso mas sempre bem dispostos e sempre com a garantia que alguém trabalha e aparentemente decide por nós.
Vamos ver se me engano nesta projeção que faço da situação.
Diria que me desejo enganar mas que não me deixo ir enganando.
Sem comentários:
Enviar um comentário