Posso sem querer ou esforço de qualquer tipo
parar de pensar ou relembrar os caminho percorridos.
Para isso carrego as cores na paisagem e na paleta
primo a tecla play e rapidamente o pensamento ripo
até me cansar da mesma musica ou da tremida imagem
ficando assim aquietado num mundo misto de sentidos.
Exercício solitário este que faço de sons esquecidos
entre desertos glaciares que não deixo deixar de sentir.
As voltas pelas cores chegam-me pobres por incapaz luz
das estrelas que vislumbro na cauda fugaz do cometa
que passa sem hora marcada sem avisar sem eu pedir.
Será poema insolente a parir renascendo em contraluz.
Redobro de novo o empenho na cor dada ao pensamento
vincando a pincelada à chegada de onde mais queria partir.
Fazendo apneia sentida do ar que já inspirei desolado
fixando a atenção na memória cristalina que sinto nua.
Deslizo então o olhar nas sombras que o ar inda respira
do lado mais claro depois escuro da fase oculta da lua.
Os sons abraçam-me e eu saio do breu angustiado
evitando voltar a perder-me no vazio da vã mentira
escusada estúpida resultado de mal pensado dejeto.
Sinto que um rio de águas tépidas a meu lado corre
tornado em forma de amor que de braços abertos aperto.
E o som que de inicio sem querer ouvia suavemente morre.
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