Sob esta luz que me aquece ou não
cá fico de novo pareço estar só
Penso na vida que parece ou não
um longo e triste sólidó.
É mais um preciso momento dos tais
que não sei sabendo a razão
porque estou a ficar assim
quando outros quem sabe assim não estarão.
Passam por esta luz que me aquece ou não
horas compridas amargas que sinto ou não
porque se parece que estou só não estou
e se assim estou não estou de solidão.
Sob esta luz que me aquece ou não
faço dela uma luz de rua estreita ou não
onde ponho algo da vida vida nua e bem
em que eu estando nela sou dela também.
Sob esta luz que me interroga ou não
como em quartos e celas de prisão ou não
olha para ela a luz, com paciência e coragem
se a primeira já perdi ainda me resta uma margem.
Sob esta luz que me aquece ou não
por vezes sinto que o rio nasce no mar
e que a nascente está para nascer
qua algo mudando mudou e vai voltar a mudar.
Tiro os sapatos e sento-me sob esta luz
que me aquece ou não depende do que eu quero que faça
e encho as maõs de coisas que não vejo mas sinto
e deixo-me embalar na onda que passa.
Sob esta luz que me aquece ou não
procuro satisfação naquilo em que me dei ou não
procurando uma razão para a razão que se perdeu
quando em vêz de descer subia e em vêz de nascer morreu.
Debaixo desta luz que me aquece
não fico nesta parado e só,pensando no que passei
deixo que o tempo desperte o tempo que já perdi
e faço do tempo um amigo agora que kácu te arrumei.
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