quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

" FIM DE ANO E NÃO SÓ "


Aproxima-se rapidamente o fim do ano de 2010 que ficará para a história como o ano dos recordes em Portugal.
Desde à mais ou menos cento e cinquenta anos que o País não enfrentava tamanha crise e tamanha crise de valores.

Às dificuldades financeiras crónicas de que sempre padecemos e (depois de 1960 último ano em que tivemos um ligeiro superavit) o País tem vindo apesar de todos os milhões injectados pela UE, a desbaratar em betão e trafulhices em "obras" e fanfarronices aquilo que devia ter aplicado na educação Industrial e na economia de consumo Nacional.

O hoje Presidente mandou obedientemente dar milhões para desmantelar navios de pesca, mandou obedientemente que os agricultores recebessem dinheiro mas que deixassem a "enxada" em paz.
Em roda de amigos diz-nos agora que devemos de novo ir à pesca e voltar de novo às alfaces.

Portugal voltou de novo a exportar miséria sob a forma de mão de obra e voltou de novo a escorraçar para fora das fronteiras de uma maneira despudorada todos aqueles que pelo valor adquirido a muito custo na maioria dos casos, pode pôr em perigo a panóplia de trens de cozinha que apenas desejam que seja pertença e coutada dos amigos e das amigas dos partidos.

Só esses têm futuro em Portugal ! Esses e os trafulhas, os corruptos e todos os que pelas margens do festim da incompetência se vão alimentando.
Portugal está assim no final do ano à beira de um colapso cardíaco por anemia de meios e por violência doméstica praticada por todos os incompetentes que este incompetente povo teima em colocar à porta do poder.

Pode-se dizer que não merece mais...Que não merecemos mais ...É verdade.

Resta-nos deixar (aqueles que não podem partir) neste novo ano que nos levem a alma e que depois de satisfeitos, quando já nada restar, nos deixem acompanhados por nós e outros como nós.
O Povo mais Ocidental da Europa e com o maior numero de telemóveis da Europa e com um apreciável numero de carros de luxo não passa por ser o mais culto ou o mais estúpido é só o mais explorado o mais mal "conduzido" o mais mal ocupado (vejam-se as assimetrias entre o interior e o litoral) e o mais mal amado ao longo dos séculos.

A ida estuporada da nossa Monarquia para o Brasil aquando da fuga aos exércitos de Napoleão é um dos mais caricatos episódios a que este Povo foi sujeito a par de outros igualmente ridículos ao longo na sua história.

As medidas e o dinheiro gasto (empregue) dizem eles no BPN é um dos exemplos mais recentes de desmando e prepotência compadrios e corrupção a que este Povo assiste e vai ter de pagar em 2011 a par de todos os outros anunciados.

Não fogem agora para o Brasil ou qualquer outro lado quando for o FMI a mandar (já é) porque lhes falta a vergonha e porque não têm dinheiro que se veja e porque tal é manifestamente impossível.
Agora "foge-se" para lugares menos complicados a que chamam missões humanitárias e conselhos de administração, que não são mais nem menos do que a continuação da festança mas com outros nomes e outras regras...mas sempre para "bem do Povo e dos Povos".

O ano de 2011 vai por isso na minha opinião ser um aziago ano para os mesmos e uma vergonha de ano (se a tivessem) para aqueles os tais... Que com a desculpa de que são eleitos pelo Povo se dão ao trabalho de pôr em campo toda a sua incompetência e todas as suas virtudes pessoais de cujo resultado estamos a ver o "resultado"

A tristeza dos debates presidenciais demonstrou que vamos de novo ter o Presidente menos incompetente de todos os concorrentes o que só por si é uma prova do miserabilismo a que chegámos.
Vamos ter uma Rainha enjoada em plena menopausa e apenas com pequenos laivos de excitação por alturas de receber o pré para juntar à já reforma vitalícia dos netos e restante família.

Somos assim e pode ser que não sejamos....A fome vai começar a minar por fim a réstia de lucidez que ainda persiste em algumas formas de vida humana e os conflitos sociais podem nascer rapidamente.
As Forças Armadas adormecidas a par de umas forças militarizadas ansiosas por mostrar trabalho no lombo dos menos contentes e mais desesperados na vida formam no seu conjunto o tempero para os festejos ao longo do ano.

Espero estar enganado e espero que tudo não passe de umas conjecturas de um espírito pessimista e desiludido quase no fim da linha.

Desejos de bom ano ao bom Povo e desejos de que aqueles que mais próximos tenho, partam para novas vidas e novos Países largando de vez este triste bocado de terreno que de bom só tem as praias, o Sol , sardinhas e cozido à Portuguesa ,tudo isto acompanhado de uma juventude em grande parte perdida e desorientada a par de outra que ainda tem a hipótese da escolha.

Os velhos estão entregues e é só esperar um pouco...

Vem aí o fogo de artifício.

Bom Ano e boas festas....


sábado, 2 de outubro de 2010

"SE PUDESSE IA-ME EMBORA JÁ..."


Na crise em que Portugal está e vai estar atolado nos próximos anos senão para sempre apenas me motiva no futuro mais próximo o desejo (a mim que sou passado) saír deste País enquanto é tempo.

Não o faço agora porque manifestamente não o posso fazer mas farei isso mesmo assim que manifestamente o puder fazer.

Claro que quase toda a minha familia cá está,(particularmente os filhos alguns ou todos não se sabe o futuro ainda) assim como a minha irmã e familia dela que muito prezo.

Mas a vida não se compadece com estas coisas da afectividade.
A globalização coloca-nos a todos ao alcance de um click e a morte coloca-nos a todos ao alcance da memória independentemente do local onde fiquem os ossos (se os houver).
Este País belo e pobre não tem maneira de acolher e bem tratar quem nele está quem nele luta e a quem nele por direito próprio pertence estar.
Ao longo dos anos diria séculos, o estilo e o modo são mantidos por meia dúzia de iluminados que apenas pensam no poder e na melhor maneira de safando-se a eles e aos seus deixar na ignorância e na pobreza os restantes.
Estamos nisto à 900 anos mais coisa menos coisa... Se em 1913/15 tivemos as contas em dia foram depois 40 anos de escuridão e muito dinheiro no banco do Estado à conta da fome e da ignorância de um povo totalmente escravizado.

Com a liberdade chegou de novo a esperança e chegaram também os vilões e os Robin Hood´s travestidos e sem vergonha.
Assim é a situação, assim estamos como sempre no último lugar da Europaa a 15 a 25 27 ou outra coisa qualquer.
Não há mais desculpas para permanecer aqui pasto de um poder cego,indigno,golpista e ladrão.
Não há mais desculpas para permanecer aqui pasto de um poder destrutivo e incapáz, desprezível no modo como age e arrogante para com os que lhe dão o mais importante das suas vidas: a juventude e o saber adquirido.

Por mim vou assim que puder para um lugar e um País que não me provoque mais esta raiva permanente esta impotência permanente este espectáculo triste permanente.
Que venha rápida a oportunidade....

sábado, 14 de agosto de 2010

"OS NOMES DE UMA VIDA"









Não sei se será certo dizer que vale mais ter muitos nomes na vida ou muitas "vidas" num só nome ou muitas "vidas" e muitos nomes.
No meu caso acho que tenho tido muitos nomes e muitas "vidas" senão vejamos.

Quando eu nasci (não é preciso dizer o ano) chamaram-me "o morto vivo".
Tinha nascido com um "petit" defeito que me ía levando à morte.(Obrigado Mãe Pai e Mana)pelo que tiveram de aturar nesses tempos.
Curiosamente era de vez em quando mais tarde chamado de «Olha o morto vivo» quando o médico que me tinha "descoberto" para a vida me encontrava.
Em miúdo passei a ser o Zé (simplesmente) e "lânzudo" (quando o meu Pai se chateava comigo) mas a coisa durou pouco tempo.
Como o meu Pai era Bombeiro depressa passei a ser o Zé Bombeiro.
Assim fiquei uns anos ...Zé e Zé Bombeiro.
Lembro que se aludia por vezes ao facto de eu não ser só Zé era Zé João que era mais bonito e pouco comum. Infelizmente esse nome nunca nessa altura pegou.

Fiz a escola e fui andando com o Zé, Zé Bombeiro e mais um nome novo que era "O filho do Barroca".
Fui muitas vezes apenas o filho do Barroca o meu Pai era Barroca de apelido.
(A minha irmã ainda hoje tem desgosto de não ser Barroca no apelido hé hé hé)

Aos 17 anos fui para a Marinha e mudou-se radicalmente a coisa.
Passei a ser o "Silva" coisa que me cortava o coração, preferia ser o "trinta" que era o meu número de incorporação na Armada.
A cada um que me chamava «Oh Silva», ripostava que era Pereira da Silva ou trinta, Silva só não!.

Fui assim durante anos em três frentes chamado ao mesmo tempo de Zé.
Zé  Bombeiro, Filho do Barroca, Silva, trinta e finalmente Pereira da Silva.

A muito custo consolidou-se numa vida quase que paralela o nome que mais eu gostava na altura! Pereira da Silva.
Ainda por cima com o golpe de asa que posteriormente fiz por merecer ia prestar serviço na Fragata "Almirante Pereira da Silva"
Foi a glória e o fim de uma luta. Estava definitivamente adotado o nome para a posteridade pelo menos na vida Militar.

Passados uns anos começa a despontar a par dos existentes que já eram 5 o nome de João numa outra "vida" paralela às existentes.
Comecei a ser o Enfermeiro João o Tio João etc etc João.

Não me desagradava de todo mas também não morria de amores por ele.
Era o 6º nome que era usado em mim e que correspondia na realidade a 4 "vidas" bem diferentes.
Uma na Infância, uma Familiar, uma Militar e outra Profissional.
Assim foi durante anos, até que um novo nome surge no horizonte e que também me agradava e que ficou até aos dias de hoje, Zé João mais propriamente José João.

Foi com ele que voltei de novo a ser muito chamado e ainda hoje se mantém o José João que abrevio para Zé João.
É com este último (Zé João)que sou conhecido em mais uma "vida" paralela a 5ª e que curiosamente é usado por pessoas que na sua maioria não me conhece de todo.
Gosto e eu próprio o fomento(é económico não é feio e diz-se rápido).

Mas não pensem que acaba aqui!

O passado persegue-me quando atendo os vendedores de promessas no telefone «Estou a falar com o Sr José Silva»?
Fico logo estragado e fica estragada a venda o inquérito ou lá o que seja.

Há agora os nomes acessórios uns bons outros assim assim mas há para todos os gostos...Vamos ver:
ZéJocas (raro),Pereirinha (raro), Zé da Petanca (Comum), Cunhado do Tó (comum),Irmão da Fernanda (comum) Tio Zé (raro e não gosto),Tio João (já gostei mais)Papá(nem por isso) Dady , Papy,Pappy,(obrigado Sandra Sara e Susana) e até Progenitor,(obrigado Sérgio um piloto tem de ser prático) Avô João por enquanto só por duas pessoas Pedro e Vasco rsrsrs) João com sotaque,Joãozinho e mais uns dois ou três que não me lembro.

Mas o verdadeiro cerne da questão e o motivo que me levou a enveredar por esta tirada mais ou menos apalermada foi o facto de agora numa 6ª "vida" paralela uma nova forma de me chamar chegar diariamente aos meus ouvidos e que eu gostava de não ter de gostar...
«Bom dia Sr João» «Como está Sr João» «Quanto é Sr João» Sr João é demais para a minha camioneta.
Mas enfim há coisas piores e porventura será possível que eu seja um caso de muitas "vidas" e muitos nomes.

Omiti neste despacho aqueles nomes que se chamam sempre que a coisa não agrada e que não interessam nada para o caso pois apagam-se por si.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

"DESPORTO NA LUA"







Olá caros leitores o meu artigo de hoje para mal dos meus pecados vai ser escrito com esta Burka enfiada na cabeça,castigo do meu dono depois de eu ter apostado com ele de que os Espanhois íam levar uma coça das boas maneiras do charme e da elegância em suma dos Holandeses.
Tal não se verificou depois de uma terceira derrota das laranjas em finais do Campeonato do Mundo.
Mas nem tudo foi mau e não vou sequer ainda para mais de Burka ficar a falar dos Espanhois ainda por cima com esta dôr de cotovelo que me afecta a escrita.
Pouco deles tenho aliás para falar a não ser o terem perdido com a Suiça o que tem a sua graça:
Apenas breves referências à rapidez com que algumas selecções neste tempo de crise voltaram para casa afim de não gastarem dinheiro aos seus Países.

Uma nota para os casos de más abritagens que foram engraçados e comuns e também para
a presença do àrbitro Nacional que não fora o nome que têm até tinha sido do melhor que o campeonato apresentou; Foi a única coisa digna de realce saída do canteiro.
A barraca dos Franceses foi do melhor Saltillo Português de à uns anos e a pressa dos Italianos um record de economia merecedor dos maiores elogios.

As vuvuzelas foram a atracção pelo contributo que deram à diminuíção de gagos no planeta.(dizem que soprar tira a gaguês).

Os estádios foram de uma maneira geral apelativos e bonitos não fora a relva de alguns que mais parecia o Kruger Park.

Digna de nota e realce a presença de Mandela na final depois das agruras todas porque passou nos últimos tempos.

Boa mesmo a "indisposição da nova "vaca sagrada" da UEFA FIFA e companhia designada por Platini à nascença.

Gostei da luta dos Japoneses e Sul Coreanos, dos Uruguaios dos Ganenses e Ingleses e do medo que a Costa do Marfim provocou em algumas equipas.

Os Brasileiros valeram pela camisola interior verde que o Dunga sempre usou por baixo das camisas e casacos que levava e pela atitude de se ir embora com ou sem camisolas.
Claro está que não vou aos meus leitores dar o prazer de comentar a presença Nacional.
Pouco mais tenho a dizer e a burka fáz calor.
Não vejo mais motivos para falar do Mundial.


Lua

sexta-feira, 9 de julho de 2010

"A A1" - 2º troço


Comi a minha bolinha de berlim e bebi o meu descafeínado são 5 e um quarto da manhã e os primeiros tons do dia deixam-se a entre curvas ver mais uma vês com a cor da pouca esperança sinónimo da vida como "anda".
A breve trecho volto aos meus pensamentos ADBDB (antes da bola de berlim) e desta vêz volto a irritar-me com este Pais pedófilo e carrasco e sem vergonha(como diz a minha já costeletinha de Santa Cruz) dos seus filhos.
Perante mim mais um par de pessoas honestas (azar) pouco letradas ( menos azar)trabalhadoras (azar)sem heranças (azar)são obrigadas para governar a vida a darem o "salto" do rectângulo para fora.
Têm a sorte de estarem a tempo (pela idade,de o fazerem),têm a sorte de alguêm lá os poder ajudar mas têm sobretudo a sorte,de uma vêz por todas passarem a usar o canteiro da miséria e dos telemóveis apenas e só para férias junto ao mar quer ele esteja manso quer ele esteja zangado.

Hoje em dia são aos milhares os Portugueses honestos e trabalhadores que vão embora do País.
E são estes adjectivos a desgraça e a sorte de cada um e uma.
Se é desonesto e calão pode ficar,não precisa ir embora, o País vive bem com eles. Todos os outros que já não podem fugir vivem (que remédio) mal com eles, nem que seja para morrer mais depressa.

Os "governantes" deste País vivem e só falam (quando a coisa corre mal) da diáspora Lusitana e do Camões e mais recentemente e por outras razões essas sim válidas mas já gastas do Salazar.
Claro que tudo têm valor,claro que é bonito, claro que é verdade, mas e depois?
Depois nada mais resta para falar.Existe depois um eterno roubo,uma eterna incompetência e um eterno desaforo, uma eterna corrupção e uma eterna e horrível "lata" para entreter o pagode e os distraídos.

Todos os Países da Europa tiveram à sua maneira as suas colónias e à sua maneira exploraram os povos autóctones.

Portugal contudo na minha opinião está como o Manuel Alegre: Quando a "coisa" não corre bem, toca a evocar a história os nossos "heróis" etc... etc.
Portugal diz: «A nossa diàspora,o nosso passado etc...) O Manuel Alegre diz «todos sabem que sou um homem de causas e combates no passado e etc.

Não devemos esquecer a nossa história e os seus momentos claro que não, sou contudo contrário ao uso da história e dos nossos antepassados para excitar os Portugueses nos dias que correm.
Portugal foi sempre salvo raras excepções um País de governantes medíocres e herdeiros.Tal como hoje, sempre teve e fêz questão de ter o povo na miséria.Sempre na miséria.
Perante estes factos o Povo meteu-se a par de uns verdadeiramente iluminados mar adentro. Tinham de ir antes, têm de ir agora.
Não vão desta vez mar adentro, vão por autoestrda afora mas a analogia é para mim mais do que evidente e necessária.
Toda a Europa passou pelo seu período menos sério, se prostituíu se maculou.
De uma maneira geral "depois da má vida" entrou num período de acalmia e prosperidade sustentada que ainda nos a nós sustenta.

Todos eles deixaram colónias prósperas (salvo algumas, poucas excepções) e todos eles olham mais para o futuro de que para o passado.
Respeitam o seu passado mas não o exploram a esmo.
"Portugal" e o Salazar e o Caetano deixaram umas colónias "arranjadinhas" mas sem saber ler nem escrever.
Exploraram-nas pouco se é lícita a expressão nos aspectos sociais (fomos sempre uns porreiros pá) mas exploraram-nas e muito nos sentidos nos desejos e nas necessidades desses povos.
Salazar e Portugal exploraram por outro lado muito e sempre os sentidos e os desejos do Povo que com eles vivia no Continente.

Todos os Países vivem bem com os Portugueses obrigados a fugir de Portugal.Todos os Países gostam dos Portuguses que são obrigados a fugir de Portugal.Todos os Portugueses que pudessem deviam fugir de Portugal e dos seus incompetentes estrategas e governantes.

Não há maneira de os podermos cá deixar sózinhos uns com os outros a, como alguêm dizia «batatas cozidas a falar umas com as outras».
A Europa atravessa actualmente dias dificeis e Portugal atravessa permanentemente dias dificeis desde o seu início como "Nação".

Aproxima-se a saída da A1 vou dormir vou descansar são 6 e 30 da manhã de um Domingo igual aos outros num País diferente dos outros.
Estou quase à 24 horas sem parar e cara alegre.Sou do Povo e deliginte sou Português!Mas Português deles não!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

" A A1 " - 1º troço



Faço, agora regularmente às horas mais díspares a autoestrada do Norte a famosa A 1 .


Já me conhece o funcionário da área de serviço de Pombal que fica mais ou menos a meio do caminho e onde já me chamam o cliente das 4 ou 5 horas da manhã tal é já a frequênciao com que lá compareço para um descafeínado e uma bola de berlim.

Já no liceu gostava de comer por guloseima uma bola de berlim e pedia para isso os 5 tostões (qualquer coisa como 1/2 cêntimo) à minha mãe para a extravagância. No verão era um gelado de 1/2 cêntimo também, aliás era a mesma pessoa a vender logo à saída da estação de Oeiras.

Andava eu portanto na altura no Liceu Nacional de Oeiras , devo dizer que com o Salazar era tudo Nacional, era o Estádio Nacional era a Assembleia Nacional, eram as estradas nacionais etc etc.
Ele verdade seja dita, não queria nada para ele, era apenas tudo Nacional até o País era Nacional e dele.
Todos o enganavam menos a governanta presumo.
Os presos politicos eram Nacionais e a policia qualquer que fosse era Nacional ou Nacionalizada. Eram sempre a bem da Nação as medidas que tomava quer fosse a de distribuír tareia, quer fosse a torturar, quer a prender, Era tudo Nacional e o que é Nacional é bom.
Hoje em dia neste aspecto Portugal continua na mesma: todos fazem tudo a bem do País, apenas mudou a terminação.
Percorro o asfalto no meu ritmo de cento e qualquer coisa e penso na outra estrada a que me lançaram já no século passado.
Não desvio o olhar e percorro as teias do pensamento detendo-me nos pontos mais escuros da autocritica da vida.
É neles até que vasculho e me analiso melhor para melhor ver as asneiras cometidas e elas são tantas que as enormes rectas da A1 se transformam em autênticas gincanas.
O meu Pai de herança deixou-me dois conceitos de vida muito básicos : O Trabalho apoiado no conhecimento e daí o slogam diário do «estuda que ninguêm te manda trabalhar como me fizeram a mim» e a honestidade.
Segui ambas mas de uma forma muito desastrada. Trabalhei sempre e trabalho mas a parte do estudo esqueci de todo. Estudei as melhores maneiras de não estudar e isso consegui com distinção até me tornar adulto.
Quanto à outra permissa desejada a Honestidade, aí cumpri totalmente para mal dos meus pecados, pois de que serve ao iletrado ao pobre e ao trabalhador ser honesto ? quase de nada na minha opinião a não ser o ser roubado e espoliado e explorado pelos outros que...estudaram de tudo na altura própria.
É como alguêm me dizia « trabalhas tanto pá !!!...mas os burros também trabalham e não passam disso mesmo burros»
Era e é verdade que não podem todos estudar nem podem todos ter estudos porque senão a sociedade parava, têm de haver quem faça de burro de carga e têm de haver quem monte o burro.
A minha vida, foi assim logo mal estruturada de início. Com mais bola do que táctica com mais namoro que paixão e com mais rádio que leitura.
Cofesso que sempre li muito mas muita merda confesso eu li também e essa na memória nada deixa que se aproveite.
A falta de cultura na minha opinião pode co-existir com a leitura como a mosca co-existe com a merda que seca e fede e não acrescenta nada à mosca. Por outras palavras,vale mais lêr merda do que não ler merda nenhuma mas o resultado é pouco gratificante.

Penso nestes aspectos falhados de uma vida e desejo não ter de lidar mais com eles.
Vejo-os contudo ao meu redor como uma praga, todos os dias e de todas as formas nos tempos que correm.
Vejo pessoas novas de idade que para eles cultura é apenas uma palavra muito pouco usada. Podem usá-la e usam muito como ponto de referência e pouco mais. «Vou ver o Tony Carreira -aonde ?-ao largo do centro de cultura»
"Isso é para gente culta" é hoje em dia ainda uma frase actual. É uma frase banal em gente jovem em Portugal.
Penso no jovem que fui e no paralelismo (que só agora vejo) existente com esta massa sem nome e sem cultura que me advogo a neste troço de auto-estrada aculturar.
Tarde piaste! tento seguir a corrente e deixo passar um que vem em máximos. Vou parar por aqui ! estou no Pombal sá faltam 120 km.


Ps:
Promovi a Lua a planeta pelo que como jornalista de 3ª classe passa ela também a participar com artigos da sua lavra aqui neste blog. Atribuí-lhe a área do desporto até por ser um pólo da cultura cada vêz mais emergente nas sociedades atrasadas como a nossa.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

" O MEU DONO "


O meu dono anda muito estranho.
Por vezes não me liga, outras ameaça de que me vai dar um porco inteiro para comer.
Se lhe pergunto que tipo de porco, diz que é pata negra, eu fico sem saber mais nada, porque só conheço os porcos do Alentejo e esses não têm as patas negras.
Depois, passa horas no computador (eu sei que ele trabalha com o computador), mas às vezes eu oiço que ele está a escrever e isso não é o trabalho dele. Ele monta filmes e outras coisas.
Quando vem ter comigo, às minhas perguntas apenas me diz que ainda hei-de comer um pata negra.
Vivo muito inquieta porque eu queria mesmo era um cachorro, não o cão típico do norte de Espanha, mas um cachorro jeitoso, com um bom emprego, podia ser engenheiro como o sócrates ou, podia até ser um rafeiro que fosse certinho.
Um dia destes, andou a fazer tiros e comprou um espeto que disse que era para os caracóis e eu ali no campo a olhar feita cadela.
Agora, disse que me ia pôr na net no blog dele, o "faço-te em kácus" se não me engano.
O meu dono, anda como nós cães dizemos, com a trela solta, e eu tenho medo que ele ande mas é com alguma cadela nova.
Por mim que sou ciumenta, vou estar de olho nele e já agora no pata negra.
Um dia destes volto a escrever, se ele deixar o computador ligado.


(Lua).
 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"A OLHAR PRÓS KÁCUS"

Sob esta luz que me aquece ou não
cá fico de novo pareço estar só
Penso na vida que parece ou não
um longo e triste sólidó.

É mais um preciso momento dos tais
que não sei sabendo a razão
porque estou a ficar assim
quando outros quem sabe assim não estarão.

Passam por esta luz que me aquece ou não
horas compridas amargas que sinto ou não
porque se parece que estou só não estou
e se assim estou não estou de solidão.

Sob esta luz que me aquece ou não
faço dela uma luz de rua estreita ou não
onde ponho algo da vida vida nua e bem
em que eu estando nela sou dela também.

Sob esta luz que me interroga ou não
como em quartos e celas de prisão ou não
olha para ela a luz, com paciência e coragem
se a primeira já perdi ainda me resta uma margem.

Sob esta luz que me aquece ou não
por vezes sinto que o rio nasce no mar
e que a nascente está para nascer
qua algo mudando mudou e vai voltar a mudar.

Tiro os sapatos e sento-me sob esta luz
que me aquece ou não depende do que eu quero que faça
e encho as maõs de coisas que não vejo mas sinto
e deixo-me embalar na onda que passa.

Sob esta luz que me aquece ou não
procuro satisfação naquilo em que me dei ou não
procurando uma razão para a razão que se perdeu
quando em vêz de descer subia e em vêz de nascer morreu.

Debaixo desta luz que me aquece
não fico nesta parado e só,pensando no que passei
deixo que o tempo desperte o tempo que já perdi
e faço do tempo um amigo agora que kácu te arrumei.

domingo, 11 de abril de 2010

" FULL HEART TIME "


SEGUNDO KÁCU

Ando de volta deste blog o "Kácus" desde fevereiro e de cada vêz que me apróximo dele fico com medo dos "kácus" que posso provocar.

Tenho medo de que estilhaços de "Kácus" provoquem ferimentos ou incómodos ainda que ligeiros nas mais variadas pessoas vivas que se movimentam na minha esfera de vida.

Ainda por cima, penso que já tenho mais de uma vida (sempre a mania das grandezas) mas é verdade.

Tenho a vida dividida em quatro grandes armários (devidamente protegidos) e é vasculhando «esmiúçando» neles que quero com calma e o maior discernimento possível pegar-lhes mexer neles tirar o pó e voltar a arrumá-los agora aqui no "KÁCUS" blog.

Não posso de deixar de mencionar aqui que o retomar desta ideia tem também muito a ver com o regresso à actividade em full time do meu coraçãozito.

Como tributo a ele a primeira foto do blog é-lhe dedicada.

Graças a ele os kácus serão mais ou menos cortantes conforme o momento, vou tentar seguir sempre o que ele me disser embora já saiba que a razão não é o forte do coração.

Serve-me contudo de desculpa o saber que grande parte das asneiras que se fazem na vida partem precisamente de dar priorioridade aos sentimentos irracionais do coração.

Depois acresce que não se muda de registo (primeiro o racional e depois o emocional) de um dia para outro.

Sempre tive até um pouco de orgulho quando me diziam que «tinha o coração ao pé da boca»e eu concordava.

Sempre fui de dizer na altura o que achava devia dizer e as asneiras foram muitas, assim serão por isso muitos os kácus que vou descobrir e expôr quando começar esta busca pelo passado.

Espero que consiga escolher os Kácus mais "jeitosos" para não partir a loiça toda logo nos primeiros artigos.

Vou assinar todos os Kácus com um nome árabe que agora não me lembro....mas sei que fáz héhéhéhéhé.

Até lá e como não tenho nenhum mais sugestivo vou usar o nome de.

ATETAP

sábado, 6 de fevereiro de 2010

PRIMEIRO KÁCU

Vou fazer deste blog uma feira de kácus.
Kácus de vida,kácus de mim,kácus de kácus.