Aproxima-se rapidamente o fim do ano de 2010 que ficará para a história como o ano dos recordes em Portugal.
Desde à mais ou menos cento e cinquenta anos que o País não enfrentava tamanha crise e tamanha crise de valores.
Às dificuldades financeiras crónicas de que sempre padecemos e (depois de 1960 último ano em que tivemos um ligeiro superavit) o País tem vindo apesar de todos os milhões injectados pela UE, a desbaratar em betão e trafulhices em "obras" e fanfarronices aquilo que devia ter aplicado na educação Industrial e na economia de consumo Nacional.
O hoje Presidente mandou obedientemente dar milhões para desmantelar navios de pesca, mandou obedientemente que os agricultores recebessem dinheiro mas que deixassem a "enxada" em paz.
Em roda de amigos diz-nos agora que devemos de novo ir à pesca e voltar de novo às alfaces.
Portugal voltou de novo a exportar miséria sob a forma de mão de obra e voltou de novo a escorraçar para fora das fronteiras de uma maneira despudorada todos aqueles que pelo valor adquirido a muito custo na maioria dos casos, pode pôr em perigo a panóplia de trens de cozinha que apenas desejam que seja pertença e coutada dos amigos e das amigas dos partidos.
Só esses têm futuro em Portugal ! Esses e os trafulhas, os corruptos e todos os que pelas margens do festim da incompetência se vão alimentando.
Portugal está assim no final do ano à beira de um colapso cardíaco por anemia de meios e por violência doméstica praticada por todos os incompetentes que este incompetente povo teima em colocar à porta do poder.
Pode-se dizer que não merece mais...Que não merecemos mais ...É verdade.
Resta-nos deixar (aqueles que não podem partir) neste novo ano que nos levem a alma e que depois de satisfeitos, quando já nada restar, nos deixem acompanhados por nós e outros como nós.
O Povo mais Ocidental da Europa e com o maior numero de telemóveis da Europa e com um apreciável numero de carros de luxo não passa por ser o mais culto ou o mais estúpido é só o mais explorado o mais mal "conduzido" o mais mal ocupado (vejam-se as assimetrias entre o interior e o litoral) e o mais mal amado ao longo dos séculos.
A ida estuporada da nossa Monarquia para o Brasil aquando da fuga aos exércitos de Napoleão é um dos mais caricatos episódios a que este Povo foi sujeito a par de outros igualmente ridículos ao longo na sua história.
As medidas e o dinheiro gasto (empregue) dizem eles no BPN é um dos exemplos mais recentes de desmando e prepotência compadrios e corrupção a que este Povo assiste e vai ter de pagar em 2011 a par de todos os outros anunciados.
Não fogem agora para o Brasil ou qualquer outro lado quando for o FMI a mandar (já é) porque lhes falta a vergonha e porque não têm dinheiro que se veja e porque tal é manifestamente impossível.
Agora "foge-se" para lugares menos complicados a que chamam missões humanitárias e conselhos de administração, que não são mais nem menos do que a continuação da festança mas com outros nomes e outras regras...mas sempre para "bem do Povo e dos Povos".
O ano de 2011 vai por isso na minha opinião ser um aziago ano para os mesmos e uma vergonha de ano (se a tivessem) para aqueles os tais... Que com a desculpa de que são eleitos pelo Povo se dão ao trabalho de pôr em campo toda a sua incompetência e todas as suas virtudes pessoais de cujo resultado estamos a ver o "resultado"
A tristeza dos debates presidenciais demonstrou que vamos de novo ter o Presidente menos incompetente de todos os concorrentes o que só por si é uma prova do miserabilismo a que chegámos.
Vamos ter uma Rainha enjoada em plena menopausa e apenas com pequenos laivos de excitação por alturas de receber o pré para juntar à já reforma vitalícia dos netos e restante família.
Somos assim e pode ser que não sejamos....A fome vai começar a minar por fim a réstia de lucidez que ainda persiste em algumas formas de vida humana e os conflitos sociais podem nascer rapidamente.
As Forças Armadas adormecidas a par de umas forças militarizadas ansiosas por mostrar trabalho no lombo dos menos contentes e mais desesperados na vida formam no seu conjunto o tempero para os festejos ao longo do ano.
Espero estar enganado e espero que tudo não passe de umas conjecturas de um espírito pessimista e desiludido quase no fim da linha.
Desejos de bom ano ao bom Povo e desejos de que aqueles que mais próximos tenho, partam para novas vidas e novos Países largando de vez este triste bocado de terreno que de bom só tem as praias, o Sol , sardinhas e cozido à Portuguesa ,tudo isto acompanhado de uma juventude em grande parte perdida e desorientada a par de outra que ainda tem a hipótese da escolha.
Os velhos estão entregues e é só esperar um pouco...
Vem aí o fogo de artifício.
Bom Ano e boas festas....